O incêndio que destruiu parte do depósito da empresa de combustível Granbio, em São Miguel dos Campos, continua sendo um problema para os moradores da região, que convivem com resquícios de fumaça e fuligem. Quase dois meses após o primeiro incêndio, e uma semana após o segundo foco, o presidente da Subsecção da OAB em São Miguel dos Campos, Aloísio Rosendo, solicitou aos órgãos ambientais uma medida emergencial no local.Através de um ofício protocolado nesta quarta-feira (09) na sede do Instituto do Meio Ambiente de Alagoas (IMA), Aloísio Rosendo pede a interdição do Centro de Distribuição de matéria-prima da empresa Granbio e o deslocamento da fábrica para outra localização distante da cidade, além da instalação de uma clínica médica respiratória.?Há vários dias a população de São Miguel dos Campos vem sofrendo com esse incidente na Granbio. Em todas as casas há resquícios do incêndio, que voltou a acontecer na última semana. Além da sujeira que a fuligem deixa, ainda existe o risco de problemas respiratórios. A fábrica fica muito perto da cidade e causou um grande dano a todos?, afirmou Aloisio Rosendo.Segundo o presidente da Subsecção, o pedido da interdição, bem como o deslocamento do armazém, acontece diante do fato de que a população de São Miguel dos Campos não suporta mais ser prejudicada com os incêndios provocados pela negligência da Empresa, que em menos de 30 dias do primeiro incêndio, pela segunda vez, teve que suportar as consequências de ar poluído, bem como as fuligens da queima do bagaço e palha de cana-de-açúcar, provocando danos ao meio ambiente equilibrado, no caso, a saúde pública da população.?No mês de Novembro e Dezembro, a procura por atendimento médico junto à Santa Casa de São Miguel foi de 10 vezes maior que o normal. Crianças e adultos, todos com problemas respiratórios devido à grande quantidade de fumaça e fuligens existentes neste período na cidade?, justificou.Aloísio Rosendo pede, ainda, no ofício, que as medidas sejam oficializadas através do Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), onde o agente poluidor responda pelos danos causados ao meio ambiente e população.