A Comissão de Bem Estar Animal da Ordem dos Advogados do Brasil Seccional Alagoas (OAB/AL) protocolou na delegacia de Rio Largo, nesta quarta-feira (16), a denúncia de maus tratos contra um cão comunitário que teve queimaduras em 60% do corpo.O documento pede que seja aberto inquérito para apuração e punição do responsável pela agressão.A presidente da Comissão, Rosana Jambo, esteve na 12 Delegacia e entregou o ofício ao delegado Bruno Emílio Macedo Teixeira. O documento é assinado também pela presidente da OAB Alagoas, Fernanda Marinela. Nele consta apenas o primeiro nome do suspeito do caso de maus tratos, identificado como Antônio, e ainda, aponta o endereço em Rio Largo, onde o cachorro ? batizado de Leo ? foi atacado com água fervente.O ofício relata ainda as informações que foram repassadas para OAB Alagoas de como a agressão aconteceu. ?De acordo com relatos, publicamente divulgados em redes sociais e emissores de TV/Rádios locais, o cão foi queimado pelo morador de nome Antônio, porque ele se sentia incomodado com a presença em frente a sua residência. Em um momento de fúria, arremessou água fervente sobre o animal, causando-lhe graves ferimentos. Após o ocorrido, o animal começou a urrar de dor, chamando a atenção de populares. O agressor, na oportunidade foi interpelado pela população, tendo assumido o fato criminoso?, aponta o documento, que consta ainda que o agressor não socorreu o animal.Após o crime, a presidente da Comissão tentou contato com o agressor, chegou a falar com ele por telefone, marcou uma audiência para formalizar um acordo sobre o caso, mas Antônio não apareceu.?Isso demonstra total descaso com as consequências do ato criminoso, ausência de arrependimento, irresponsabilidade por não custear tratamento que pode evitar o óbito do animal e demonstrando, com tal desídia, ser sujeito perigoso e de grandes chances de dar continuidade a atrocidades como essa?, retrata o documento. ?O agressor, crê estar imune às penas previstas de maus tratos, pelo que, desde já requeremos a diligente conduta da autoridade policial para que casos como esse, com requintes de perversidade, não torne a ocorrer. A OAB está vigilante no sentido do agressor não venha a se eximir de sua responsabilidade, respondendo às penas previstas para o caso?.Por fim, a OAB Alagoas pede “que o culpado seja responsabilizado pelo crime, assim como, possa custear de todo o tratamento com medicamentos para que o animal consiga sobreviver em segurança. As penas oriundas de atos de maus tratos deve servir a cunho também pedagógico e neste caso, especificamente, se dá com a reparação ao dano causado, com custeio do tratamento por ato criminoso e sofrimento que deu causa.”Depois de comparecer a delegacia, a presidente da Comissão Rosana Jambo, esteve na clínica onde Leo está internado, para saber sobre o andamento do tratamento do cão. ?Ele está se recuperando, mas ainda continua sentindo muitas dores. Foi um crime absurdo, uma maldade sem tamanho. A OAB Alagoas continua atenta a esse caso, para que ele não fique impune?, afirmou.