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OAB Alagoas recebe com otimismo navegador pré-configurado para uso do PJe

Os advogados alagoanos receberam com bastante otimismo a notícia da criação, pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), do aplicativo Navegador PJe. Desde sexta-feira (17), o aplicativo está disponível em uma versão customizada do navegador Mozilla Firefox, desenvolvida especificamente para uso do PJe instalado nos tribunais de todo o país e no CNJ. O objetivo é tornar mais fácil a utilização do sistema pelo usuário que não possui profundos conhecimentos em Tecnologia da Informação.Para o presidente da Comissão de Tecnologia da Informação da OAB Alagoas, Fernando Câmara, o navegador representa um avanço importante. ?O navegador pré-configurado ainda não é o ideal, mas já se mostra um grande marco, com um início de mudança na postura dos sistemas eletrônicos para tornar mais fácil também o trabalho de quem usa o serviço do outro lado do balcão, seja como advogado ou seja como jurisdicionado?, afirmou.A solução foi desenvolvida pelo Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Norte (TJRN). A ferramenta checa automaticamente versões e softwares, tornando imediato o uso das funcionalidades pelo usuário. O aplicativo permite de forma Customizada a utilização do PJe e, a partir dele, o usuário poderá ir a qualquer PJe no Brasil de forma fácil e rápida. Anteriormente, ao acessar o PJe, muitas vezes era necessário que o usuário atualizasse ou alterasse as configurações em seu computador.O vice diretor da Escola Superior de Advocacia da OAB Alagoas, Bruno Tavares, também comemorou a iniciativa, lembrando que muitas questões técnicas do PJe vinham dificultando a atuação do advogado. ?Na gestão anterior participei das discussões na Escola Nacional de Advocacia e no Conselho Federal da Ordem, para implementar mudanças no PJe, sistema de trâmite processual adotado pelo TRT E justiça federal em Alagoas, e vejo como uma conquista importante essa mudança. Infelizmente, várias questões técnicas vinham dificultando a atuação do advogado no Pje. Com esse navegador específico para o pje, o advogado não precisa mais se preocupar com problemas no Java, no Firefox ou em outras questões eletrônicas, e pode focar no que realmente importa: no processo?, colocou.REPERCURSÃO NACIONALPara o presidente nacional da Ordem, Claudio Lamachia, a iniciativa do CNJ é muito positiva. ?Creio que o CNJ acertou, mostrando que está sensível às demandas de advogados, cidadãos e demais usuários. Ninguém precisa ser especialista em tecnologia para ter garantido o seu acesso à Justiça?, aponta.Lamachia também reafirmou a preocupação da OAB com a falta de estrutura básica em um grande número de municípios Brasil afora, onde internet de qualidade ainda é algo muito distante da realidade. ?Estamos empenhados pela melhoria na estrutura básica de comunicação, contra a péssima qualidade dos serviços oferecidos pelas companhias e igualmente contrariados com a visão equivocada da Anatel sobre o papel que deve cumprir como agência reguladora?, afirmou Lamachia.O gestor de Projetos de Informática do CNJ, juiz Bráulio Gusmão, reforça que a vantagem do Navegador PJe é que ele já vem preparado para o uso do sistema. ?Hoje é preciso que o usuário esteja atento à atualização do Java do navegador, à configuração do navegador e a outros detalhes que acabam exigindo conhecimentos que às vezes o usuário não tem. Além disso, toma-se muito tempo?, explica.