Após a realização da Blitz das Prerrogativas no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), a Ordem dos Advogados do Brasil Seccional Alagoas (OAB/AL) esteve reunida com a presidência do órgão para apresentar algumas das reclamações da advocacia referente a contrato de honorários, pontualidade das audiências, relação dos magistrados com a advocacia, dentre outras questões.O encontro aconteceu na sede do órgão e contou com a presença do desembargador-presidente do TRT, Pedro Inácio, da presidente da Ordem, Fernanda Marinela, do vice-presidente, Ednaldo Maiorano, do Diretor de Prerrogativas, Silvio Arruda, da Secretária-Geral de Prerrogativas, Juliana Modesto, e do Presidente da Comissão de Estudos e Relações Trabalhistas, Carlos Hidalgo.Um dos pontos apresentados na reunião tratou sobre a não observância do contrato de honorários, quando há retenção acima de 20%. A OAB levantou a questão lembrando que a magistratura não tem competencia para fiscalizar e caso o juiz entenda que há algum caso indevido, deve representar o advogado junto à instituição.?A questão dos honorários contratuais é prevista no estatuto da OAB e é legal. Um contrato de honorários feito entre as partes, é feito por meio de partes capazes, discutido previamente, Por isso é preciso que haja o respeito do magistrado ao contrato de honorários e não retenção fora do que prevê o contrato, o que vem gerando reclamações dos advogados?, colocou Fernanda Marinela.Outro ponto discutido no encontro diz respeito à pontualidade das audiências, problema este que vem sendo recorrente nas Varas Trabalhistas. Segundo a Secretária-Geral de Prerrogativas, os atrasos no início das audiências são constantes o que vem gerando reclamação dos advogados e também das partes.?Na blitz das prerrogativas que realizamos na área trabalhista essa era a questão que mais recebemos reclamações. Os atrasos acontecem por inúmeros motivos e é preciso que haja uma resolução do problema. Muitas audiências que estão marcadas para iniciarem às 10h30, só são realizadas à tarde, isto porque como há os atrasos, os magistrados ainda fazem a pausa para o almoço. Nosso pleito é para que haja um horário limite nas marcações pela manhã, passando algumas pautas para o período da tarde, tendo em vista que o funcionament do TRT é até as 15h30?, colocou Juliana Modesto.Alguns casos de problemas com magistrados também chegaram à Ordem, que solicitou que o desembargador-presidente do TRT reúna-se com os juízes trabalhistas cobrando maior respeito no tratamento com a advocacia.Para Silvio Arruda, a reunião foi considerada positiva. ?O presidente do TRT foi bastante solícito quanto aos pleitos da OAB e concordou com vários posicionamentos. Ele ficou de adotar algumas medidas, principalmente referente à questão da pontualidade das audiências, um dos maiores problemas enfrentados pela advocacia trabalhista. Estaremos vigilantes para que os advogados consigam exercer de forma a profissão?, finalizou Arruda.