A Diretoria de Prerrogativas da Ordem dos Advogados do Brasil em Alagoas (OAB/AL), articulada com as Subseções, atuou em regime de plantão durante o último dia 02 de outubro, com o objetivo de fiscalizar e garantir o respeito às prerrogativas dos advogados envolvidos nesta eleição. Uma das ocorrências registradas pela Diretoria resultou na confecção de um Boletim de Ocorrência, após a advogada Rita de Cássia de Araújo Pinheiro, que trabalhava por uma coligação na cidade de Traipu, ter sido impedida de acessar um dos locais de votação, ser agredida verbalmente e ter seu celular tomado e danificado.Os membros da Diretoria de Prerrogativas, Abel Felipe dos Santos Silva e Pedro Henrique Silva Pires, acompanharam a advogada durante a confecção do B.O. Segundo consta no documento, Rita de Cássia estava na escola Francisco Mangabeira, que funcionava como local de votação, a serviço de uma coligação e também esperando para votar, quando recebeu a ordem de um promotor para se retirar.O promotor havia sido acionado pelo irmão da prefeita, que afirmava que a advogada não poderia estar no local. O advogado Manoel Leite dos Passos Neto, representante da Diretoria de Prerrogativas se dirigiu até a escola e apresentou ao promotor uma portaria do desembargador do Tribunal Regional Eleitoral de Alagoas (TRE/AL) dando conta de que é prerrogativa do advogado atuar nos locais de votação.A presença da advogada só foi liberada após as 12h. Ao finalizar seu voto, e já na saída da seção, Rita de Cássia foi abordada por um candidato e por pessoas que o acompanhavam, incluindo um advogado. Todos teriam, segundo relatado no Boletim de Ocorrência, agredido verbalmente a profissional.A advogada teria sido empurrada e teve seu rosto arranhado, quando uma mulher que acompanhava o candidato, tomou o seu celular. Os vídeos e fotos que a doutora Rita de Cássia fez para comprovar as agressões foram apagados. Os agressores teriam deixado o local e arremessado o aparelho no chão, danificando-o.A declarante afirmou no Boletim de Ocorrência que estava registrando o fato para que providências fossem tomadas diante de todas as agressões sofridas e por se encontrar física e moralmente abalada, inclusive com dificuldades para dormir.