Tribos indígenas se reúnem com comissão da OAB Alagoas para tratar sobre educação

A luta pela preservação da educação indígena foi pauta de uma reunião que aconteceu na manhã desta sexta-feira (20) entre índios de diversas tribos de Alagoas, representantes de entidades e da Comissão da Promoção da Igualdade Social da Ordem dos Advogados do Brasil Seccional Alagoas (OAB/AL). O debate aconteceu na sede da OAB/AL, em Jacarecica.Mais de 100 indígenas reivindicam a seleção de novos professores para as tribos, que deveria ter sido realizada pela Secretaria de Estado da Educação (SEE) no final do ano passado. Por conta da situação atual, eles temem o atraso do ano letivo de 2017 e o desemprego dos docentes das tribos. Também pedem a criação do cargo de professor indígena, pois afirmam que os mestres de fora das tribos não respeitam os costumes e ignoram a cultura.Uma ata, que foi assinada pela OAB/AL, pelos representantes das tribos e pelas entidades presentes, será encaminhada para o Ministério Público Federal (MPF) e uma nova reunião deve ser marcada, dessa vez com a presença da SEE e do MPF para que uma solução à educação indígena seja encontrada. ?Vamos tentar intermediar essa conversa com os órgãos e assim contribuir para a resolução do problema?, disse Alberto Jorge, presidente da Comissão, durante a reunião.Compareceram representantes das tribos Xukuru Kariri (Palmeira dos Índios), Koiupanka (Inhapi), Genimpacó (Pariconha), Katokinn (Pariconha), Karapotó Plaki-ô (São Sebastião) e Wassu Kocal (Joaquim Gomes). Também estavam presentes membros do Fórum de Educação Escolar Indígena, da Fundação Nacional do Índio (Funai), do Cimi.