Só quem, viveu a história ou se esmerou em conhecer um pouco dela, sabe que os maiores desafios do passado apenas foram vencidos com muito suor e sangue do povo brasileiro, o presente e futuro reservam iguais dificuldades para a sociedade e em especial para a Justiça do Trabalho.É preciso, pois, buscar um horizonte mais justo para o Brasil, ainda que o caminho seja árduo. Para se alcançar esse cenário, o país depende essencialmente de valorização de ideais insculpidos em nossa Constituição Federal e diversos outros direitos assegurados às relações de trabalhoAfirmo, sem medo, que dos três Poderes existentes hoje no Estado Democrático de Direito, o mais importante, quando se trata da defesa e eficácia dos direitos fundamentais, é o Poder Judiciário, pois controla os demais poderes; pode fazer valer as leis justas e pode não aplicar leis injustas e abusivas. Não é a fundação única da Democracia, mas é um dos grandes alicerces que a sustentam.Não podemos e não devemos limitar nossas palavras e nem recuar nas ações concretas que visam a tentar macular a relevância histórica do Poder Judiciário Trabalhista.Vê-se que os achaques tem sido ainda mais desmedidos, nessa quadra da história. Ataques sucessivos e orquestrados vêm de todos os lados, do Executivo, do Legislativo e de alguns empregadores que insistem em culpar o Poder Judiciário Trabalhista, por uma crise que remonta a fatos históricos de natureza social e econômica.Logo, o direito e a Justiça do trabalho , que sempre foram chaves fundamentais para o fim das desigualdades, para que finalmente a justiça social se realize a fim de oferecer ao ser humano uma melhor condição social de trabalho e de vida.É sim, o direito do trabalho é expressão de humanismo jurídico e arma de renovação social pela sua total identificação com as necessidades e aspirações concretas do grupo social diante dos problemas decorrentes da questão social.Muitas coisas, nessa pátria mãe, não tão ?gentil?, deveriam não existir: Desigualdade Social, Corrupção, Políticos despreparados, mal intencionados e corruptos e tantas outras mazelas sociais.Por certo, umas das coisas que devemos lutar, como cláusula pétrea, é a existência da Justiça do Trabalho.Ednaldo Maiorano – vice-presidente da OAB Alagoas