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OAB Alagoas cria Comissão de Diversidade Sexual e nomeia a advogada Rita de Cássia Mendonça como presidente

A advogada Rita de Cássia Mendonça foi nomeada, nesta sexta-feira (23), presidente da Comissão de Diversidade Sexual da Ordem dos Advogados do Brasil Seccional Alagoas (OAB/AL). Em seu currículo, Rita Mendonça, tem a presidência estadual do Conselho de Combate à Discriminação e Promoção dos Direitos Humanos LGBT. Cargo que deixou de ocupar no último dia 20. A presidente falou sobre o convite, a expectativa e o desafio da missão. “Foi com muita satisfação que recebi da própria Fernanda Marinela o convite e a notícia da nomeação como presidente da Comissão de Diversidade Sexual da OAB Alagoas. Fico muito honrada pela confiança e ao mesmo tempo feliz já que esse é um tema socialmente ingrato, onde as pessoas por desconhecimento e preconceito se eximem de discutir. Temos a missão de evidenciá-lo. Para mim, que até dia 20 de março fui presidente estadual do Conselho de Combate à Discriminação e Promoção dos Direitos Humanos LGBT, vai ser uma continuidade de vigilância, de muito estudo e de busca por soluções para garantir a dignidade dessas pessoas. Para que Alagoas consiga resolver principalmente suas ocorrências por LGBTfobia”, frisou Rita Mendonça. A presidente ainda ressaltou o papel extremamente importante da OAB Alagoas, como garantidora dos direitos. “Nós temos um Estado com índices altos de violência social. Temos uma sociedade ainda preconceituosa. A OAB Alagoas enquanto seu papel de fomentadora de cidadania e garantidora da dignidade da pessoal humana, assume agora de forma ostensiva esse papel de garantir todas essas questões independente de orientação sexual. Vivenciamos um momento emblemático com a decisão do Supremo Tribunal Federal que garante as pessoas transexual a mudança do seu nome no registro civil sem necessidade de ajuizamento de ação. É algo que a sociedade advocatícia precisa estar atenta para garantir esse direito. Praticamente todo direito da pessoa LGBT está garantida pelo Supremo por jurisprudência e não por Lei”. A necessidade de ampliar as discussões para a presidente da Comissão de Diversidade Sexual é urgente. “Como qualquer outra área o direito LGBT precisa ser discutida em todos os âmbitos. Nas escolas, famílias e ambientes sociais. Não podemos nos eximir. Só conversas francas, por mais difíceis que sejam o temas, é o que nos liberta. Precisamos conversar sobre pessoas LGBTS, identidade e orientação sexual”, finalizou.