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Subseção de São Miguel dos Campos recorre ao TRT e Procuradoria por pagamentos de trabalhadores das usinas Sinimbu e Seresta

A Subseção de São Miguel dos Campos, da Ordem dos Advogados do Brasil Seccional Alagoas, encaminhou na última segunda-feira, dia 14, à Procuradoria Regional do Trabalho e ao Tribunal do Trabalho da 19ª Região, ofício pedindo providências quanto ao pagamento de funcionários das usinas Sinimbu e Seresta, localizadas em Jequiá da Praia e Teotônio Vilela, respectivamente. A Subseção requer uma solução mais favorável aos trabalhadores que estão passando por situação financeira difícil, inclusive de fome, desde que as usinas entraram com o pedido de recuperação judicial, em outubro de 2017. “É inadmissível que nos tempos atuais vejamos trabalhadores passando por necessidades dessa natureza, inclusive de alimentação e direitos fundamentais de sobrevivência”, frisa o presidente da Subseção, Aloísio Rosendo Junior. O presidente destaca a importância das indústrias e o papel fundamental na economia do estado, gerando cerca de 3 mil empregos e lembra que a crise econômica fez com que as usinas entrassem com pedido de recuperação judicial com o objetivo de realizar o pagamento dos funcionários, a depender do valor, por parcela ou por meio de arrendamento de terras. A crise no setor abalou a quem dependia das usinas para sobreviver, “muitos funcionários foram demitidos sem FGTS e ainda não tiveram suas verbas rescisórias negociadas, mas os que já conseguiram esta negociação estão tendo que aceitar a maneira como as usinas pretendem pagar, ou seja, o pagamento parcelado e o recebimento de terrenos, o que obrigará o trabalhador a vender o bem abaixo do valor de mercado na urgência de conseguir o dinheiro para prover o sustento de sua família”, completa Rosendo. Preocupada com a situação dos trabalhadores, a Subseção sugeriu uma reunião ou criação de um grupo de trabalho específico com a participação do TRT e juízes das varas competentes, do TJ e recuperação judicial, da Procuradoria Regional do Trabalho, administrador judicial, OAB/SMC, de outros órgãos, para que se possa chegar a uma alternativa que solucione o impasse. Para o vice-presidente da Subseção de São Miguel dos Campos, Rogério Anacleto, o que aconteceu com as indústrias, na verdade, decorre de inúmeros erros, “entre eles à insistência em manter diretores e gerentes sem qualquer compromisso e conhecimento na administração das empresas. Não podemos aceitar que as usinas promovam um verdadeiro massacre em massa desses trabalhadores, é preciso resgatar a dignidade deles”. Ele conclui lembrando que a iniciativa de recorrer aos órgãos competentes foi do presidente licenciado, Aloísio Rosendo, que mesmo com a saúde debilitada, tem se preocupado com situação social da região. O ofício 15/2018 foi enviado ao Procurador – Chefe da Procuradoria Regional do Trabalho e o ofício 16/2018 ao Desembargador Presidente do Egrégio Tribunal do Trabalho da 19ª Região. A Subseção acredita nas instituições apeladas para encontrar soluções e assim amenizar o quadro caótico em que se encontram os trabalhadores da nossa região. **Com Subseção de São Miguel dos Campos**