“O Colégio de Presidentes de Seccionais da OAB decidiu de forma unânime pela recomendação de exclusão da cláusula de barreira para a jovem advocacia no âmbito dos conselhos Seccionais e a redução para três anos para os cargos de diretoria das Caixas de Assistência, Subseções, Seccionais e do Conselho Federal da entidade”, afirmou o presidente nacional da Ordem, Claudio Lamachia, em nome dos 27 presidentes. “A deliberação aqui aprovada será submetida ao Conselho Federal da Ordem e depende de aprovação legislativa pelo Congresso Nacional. Esta é uma grande vitória para a advocacia brasileira, notadamente a jovem advocacia.” O Colégio de Presidentes de Seccionais está reunido nesta sexta-feira (31) em Gramado (RS). A discussão ocorreu após jovens advogados protocolarem no Conselho Federal da OAB um pedido de providências, a fim de que a instituição inclua na pauta da próxima Sessão o pedido do fim da cláusula de barreira. A iniciativa foi aprovada no Colégio de Presidentes da Jovem Advocacia durante o XVII Encontro Nacional da Jovem Advocacia, ocorrido na última semana, em Brasília. O presidente do Conselho do Jovem Advogado da OAB Alagoas, Marcos Méro, está entre os autores da posposta, assim como Bahia, Distrito Federal e Rio Grande do Sul. A jovem advocacia requer que o CFOAB reabra a discussão sobre o artigo 63, parágrafo 2º, do Estatuto da Advocacia, que proíbe a eleição para cargos da ordem de advogados com menos de cinco anos de profissão, a chamada cláusula de barreira. O representante da Jovem Advocacia em Alagoas comemora essa vitória. “Sem dúvida é um grande passo para todos os jovens advogados, uma vitória. Aguardamos agora a deliberação do Conselho Federal e a aprovação legislativa. A participação da jovem advocacia na OAB já é bastante ativa e precisamos ter ainda mais espaço dentro da instituição. A cláusula de barreira é absurda e impede que os advogados em início de carreira integrem o processo político do Sistema OAB. Derrubando-a, daremos a possibilidade de que todos os jovens advogados e advogadas tenham a mesma oportunidade, de votar e de serem votados nas eleições da OAB. É uma medida democrática, justa e só proporcionará crescimento para nossa instituição”, finalizou Méro.