A OAB Alagoas, através da Comissão de Direito da Família, lança a campanha ‘Resolução de Conflitos no Direito de Família frente a COVID-19’. O objetivo é dialogar tanto sobre o momento atual de enfrentamento a pandemia, bem como a atuação pós o novo coronavírus, com foco em adaptar as advogadas e os advogados que atuam na seara diante da nova postura na resolução de conflitos de natureza tão especial quanto as que envolvem as relações familiares. Como foco principal da campanha está a relação entre a advocacia e o Poder Judiciário com ferramentas de facilitação para viabilizar uma composição mais célere e eficaz. “Dentro desta campanha, a Comissão de Direito da Família elencou a observância em três bases: ‘Advocacia Colaborativa – Instigando as partes a trabalharem em conjunto para a solução do problema, judicializado ou não’, ‘Equipe Multidisciplinar nas Varas de Família’ e a ‘Disponibilização de Meios de Contatos Aproximando as Partes’. Quando tudo isso passar, todo esse enfrentamento a COVID-19, viveremos uma nova realidade. A advocacia precisa estar atenta a isto, mantendo-se atualizada e devidamente capacitada, frisou o presidente da OAB Alagoas, Nivaldo Barbosa Jr. A presidente da Comissão de Direito da Família, Rachel Cabus, ressaltou o comprometimento diante da atualização necessária. “As advogadas e advogados de família devem entender a especificidade que compreende essa área de atuação da advocacia, que, salvo raríssimos casos, pode comportar uma conduta que não seja a conduta da busca da solução dos conflitos através da cultura da paz. Precisamos de empenho na reconstrução dessa nova forma de atuação nas lides cuja natureza seja uma relação familiar. Empenho, dedicação e mudança de postura”. Rachel Cabus pontuou ainda que: “No direito de família dificilmente haverá vencedor e vencido. São relações continuadas entre pessoas que, de alguma forma, perderam o diálogo, portanto a advocacia deve colaborar para o restabelecimento desse diálogo e a solução consensual do conflito. Aí, sim, todos ganham: litígio resolvido mais rápido, menos desgastes emocionais e psicológicos para as partes envolvidas e uma maior probabilidade de se estabelecer um trato urbano entre as pessoas envolvidas”.