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Acusado de atentado contra advogada e esposo é denunciado pelo MPE

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O acusado de atentado contra a advogada Maricélia Schlemper, que vitimou seu esposo, José Benedito Alves de Carvalho, foi denunciado pelo Ministério Público de Alagoas, por meio da 9ª Promotoria de Justiça da Capital. Os promotores de Justiça, Rodrigo Soares e Dênis Guimarães, pediram a manutenção preventiva da prisão até que o réu seja levado a júri popular. Além do assassinato, ele é acusado de tentativa de feminicídio contra a ex-mulher e outra tentativa contra a advogada. O crime aconteceu em frente ao Fórum do Barro Duro, em Maceió.

Os promotores destacam na denúncia as qualificadoras diante da ação criminosa para cada vítima. Contra José Benedito, o crime de homicídio consumado por motivo torpe, já que os disparos teriam sido motivados por vingança após não conseguir atingir Maricélia, que foi protegida pelo marido durante a ação. Além disso, a denúncia cita que o crime foi praticado mediante recurso que impediu qualquer defesa da vítima, a qual estava desarmada, enquanto o criminoso, de forma planejada, já havia abordado as vítimas com uma arma escondida na cintura, de forma dissimulada, fingindo cordialidade.

Sobre a advogada Maricélia Schlemper, a denúncia aponta ter ocorrido crime de homicídio tentado contra a vítima, por motivo torpe e vingança, pois o denunciado acreditava que a advogada era quem aconselhava sua ex-mulher e teria contribuído para o seu infortúnio conjugal e judicial. Quanto a ex-esposa do réu, o MP considera que o crime se trata de feminicídio tentado, também por motivo torpe, no caso vingança, motivada pelas diversas ações judiciais que tramitam na Vara da Família, e na tentativa de impedir a divisão de bens e cumprir a lei no tocante ao pagamento de pensão alimentícia.

O criminoso chegou a mirar em direção a sua ex-mulher, puxar o gatilho, mas a munição pinou. O presidente da OAB Alagoas, Nivaldo Barbosa Júnior, salientou que a Ordem acompanha o caso desde o início, prezando pela garantia das prerrogativas da advogada e todos os envolvidos. “A advogada e professora Maricélia, durante o exercício da profissão, sofreu uma perda inestimável e quase perdeu a vida. Diante da situação, a Ordem realizou todos os encaminhamentos necessários. O episódio se trata de um desrespeito ao Sistema de Justiça, às prerrogativas e aos direitos das mulheres. Um ato de covardia absoluto”, colocou o presidente.