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Comissão de Promoção da Igualdade Racial da OAB/AL realiza evento “Julho das Pretas”

Programação do encontro contou com debates e lançamento de livro

Em alusão ao Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha, comemorado no dia 25 de julho, a Comissão de Promoção da Igualdade Racial da Ordem de Advogados do Brasil em Alagoas (OAB/AL), em parceria com a Escola Superior de Advocacia (ESA), realizou, esta semana, na sede da Ordem, o Encontro Julho das Pretas. O evento reuniu as integrantes da Comissão, advogadas, cientistas, afro-empreendedoras e membros do Ministério Público.


O encontro propôs uma programação com diversos debates a respeito das questões étnico-raciais. Ana Clara Alves, presidente da Comissão de Promoção da Igualdade Racial da OAB/AL, destacou a relevância dele para a troca de experiências entre os presentes. “O Evento em alusão ao Dia da mulher Negra Latino-Americana e Caribenha teve como finalidade trazer à tona a luta histórica contra as opressões sofridas pelo sistema social. Trouxemos para o evento mulheres negras, para que dentro da sua área de atuação, compartilhassem suas vivências e saberes”, ressaltou.


O evento foi iniciado com o painel “Discussão sobre estética negra e saúde mental da mulher negra”, que teve a participação de Taynara Silva e Yalla Barros. O segundo painel, com Elis Lopes Garcia e Mãe Neide Oyá D’Oxum, debateu o tema “Atuação das líderes negras nas comunidades quilombolas e nas religiões de matriz africana”. Já o terceiro e último painel discutiu o tema “O papel da mídia e da segurança pública na criação do estereótipo da mulher negra criminosa”, com a participação de Elita Morais e Brunna Moraes.

Além dos debates, o evento também contou com o lançamento do livro “A justiça é uma mulher negra”, escrito por Chiara Ramos e Lívia Vaz. Durante o lançamento, as autoras palestraram e participaram de uma sessão de autógrafos.


A cantora e compositora alagoana Mariana Alves Alexandra se apresentou durante o encontro e destacou a iniciativa, que aconteceu em um mês tão significativo para as mulheres negras. “O dia de hoje é de muita importância para nós, mulheres negras, não só por ele nos memorar ao Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha, mas, sobretudo, por ser um dia de muita reflexão e de discussões necessárias. Isso tem muita importância na nossa luta, no combate ao poder político hegemônico, patriarcal e racista, que não fomenta ainda políticas publicas específicas para as mulheres negras”, falou.


A presidente da Comissão ressaltou ainda as injustiças que são enfrentadas diariamente. “Hoje, a mulher negra protagoniza os mais baixos índices sociais e é preciso que as instituições estejam atentas para trazer à tona esse debate, com o intuito de fortalecer a apoiar cada vez mais a luta da mulher negra no nosso país”, citou.