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OAB/AL recebe presidente do TJ/AL para debater melhorias que possam ajudar a advocacia alagoana

Na ocasião, desembargador Fernando Tourinho anunciou a retomada do Comitê de Atores Judiciais, que passa a se chamar Núcleo Integrado pela Efetividade da Justiça

O presidente do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ/AL), desembargador Fernando Tourinho, esteve na sede da Ordem dos Advogados do Brasil em Alagoas (OAB/AL), nesta sexta-feira (24), para dialogar com os advogados e advogadas e ouvir as demandas da classe relacionadas ao Poder Judiciário. Na ocasião, ele anunciou a retomada do Comitê de Atores Judiciais, que ganhará nova nomenclatura, mas continua com o objetivo de aproximar as instituições para que, juntas, busquem soluções para os problemas existentes. 

O presidente da OAB/AL, Vagner Paes, deu as boas-vindas e destacou a iniciativa do desembargador de ir até a OAB/AL para conversar com a advocacia. Na ocasião, ele ressaltou o papel de interlocutor exercido pelos advogados e advogadas, que sempre trabalham com o objetivo de atender as demandas e garantir os direitos dos cidadãos. 

“Ouvir a advocacia, é ouvir o cidadão. Nós somos interlocutores e o beneficiário das nossas ações é sempre o cidadão alagoano. Então, quando se nega atendimento a advogado ou advogada, está sendo negado o direito republicano do dono da coisa pública, que é o cidadão e a cidadã. Hoje, eu posso afirmar que teremos dois anos de uma gestão do TJ que talvez não consiga atender a todos os pleitos da advocacia, mas eu tenho plena convicção de que vai tentar, ao máximo, fazê-lo. Estamos honrados de ter o presidente do TJ na nossa casa. É um ato muito simbólico, um momento ímpar. Que esse seja o início de uma grande caminhada”, afirmou Vagner. 

A vice-presidente da OAB/AL, Nathália Von Sohsten, também ressaltou a importância de receber o líder do Poder Judiciário na sede da Ordem. “É muito gratificante recebê-lo aqui na nossa casa. É de uma simbologia muito forte tê-lo aqui para ouvir a advocacia e receber dos nossos presidentes de comissões, membros e amigos que não fazem parte de cargos, mas que ajudam a Ordem diuturnamente. É um momento ímpar para que a gente possa aproveitar e descarregar um pouco das nossas angústias, um pouco do que a gente sente e vive diariamente. A advocacia vem passando por momentos delicados, difíceis, mas que são possíveis de serem ultrapassados para avançarmos a um patamar mais ágil, para uma advocacia mais forte e mais fortalecida”, pontuou. 

Em sua fala, o desembargador citou a importância do diálogo para a solução de problemas. “Eu fiz questão de estar aqui hoje para deixar claro uma coisa óbvia: que não existe hierarquia entre nós. Na verdade, estamos no mesmo patamar. E para fazer uma conclamação de que, juntos, vamos conversar mais, dialogar mais, pois dialogando vamos minimizar os problemas. É quase impossível resolver todos eles, mas o diálogo é essencial”, falou. 

O desembargador Fernando Tourinho aproveitou a oportunidade para anunciar a retomada do Comitê de Atores Judiciais, que foi um pleito da atual gestão da Ordem. Ele passará a se chamar Núcleo Integrado pela Efetividade da Justiça (Niej) e será dividido em dois segmentos, o judicial e o de segurança. A primeira reunião já deve ocorrer no mês de março.

Além da OAB/AL farão parte do núcleo órgãos como o Poder Judiciário, a Corregedoria Geral de Justiça (CGJ), o Ministério Público Estadual, a Defensoria Pública, a Segurança Pública, as procuradorias do Estado e do Município, entre outros. No segmento judicial, o Niej vai  tratar de tudo que está relacionado às ações que tramitam nos fóruns e comarcas. Já o da segurança vai tratar das questões que têm relação com a polícia.

“Teremos uma programação de pautas ordinárias. No passado, quando dialogávamos mais, conseguíamos resolver muitos problemas”, pontuou. 

Entre os pontos colocados pela advocacia durante o encontro, estão alguns pontos de melhorias, como a criação de um canal direto de comunicação com a advocacia, e algumas dificuldades, como a ausência de magistrados nas comarcas, a expedição de precatórios e a necessidade de mais agilidade nos julgamentos das Turmas Recursais.