Em um ambiente predominantemente masculino, o Conselho da Jovem Advocacia, comissões da Ordem e Caixa de Assistência marcam presença na final do Alagoano
O Mês da Mulher acabou, mas a Ordem dos Advogados do Brasil em Alagoas (OAB/AL) vem mostrando que o combate à violência contra a mulher deve ocorrer o ano todo, nos mais variados ambientes. Por meio de uma iniciativa do Conselho Jovem, que foi abraçada pelas Comissões Especial da Mulher; Comissão da Mulher Advogada; Ouvidoria da Mulher e a Caixa de Assistência dos Advogados (CAA), representantes da Ordem marcaram presença no Estádio Rei Pelé, durante a partida da final do Campeonato Alagoano, para levar uma mensagem de conscientização e dizer um basta à violência de gênero no estado.
Em meio a um público predominantemente masculino, as mulheres da OAB/AL entraram em campo antes do início da partida entre CRB e ASA para exibir a mensagem “Não à Violência contra a Mulher”. A iniciativa foi bem recebida pela torcida que lotou o estádio.
Para a presidente do Conselho Jovem da OAB/AL, Gabriela Tavares, que esteve presente ao ato realizado no Rei Pelé, tratou-se de uma ação histórica, que foi acolhida, de imediato, pela Federação Alagoana de Futebol (FAF).
“Foi muito especial participar dessa iniciativa. A OAB Alagoas nunca tinha feito algo assim e a Federação Alagoana de Futebol prontamente abraçou o projeto. A torcida aplaudiu muito. É muito importante a conscientização desse público majoritariamente masculino, especialmente depois dos casos de assédio relatados em partidas de futebol no nosso estado. A jovem advocacia está atenta e aliada aos setores competentes no combate à violência contra a mulher, e essa ação foi uma forma concreta de demonstrar isso”, pontuou Gabriela Tavares.
Além de repudiar qualquer tipo de violência contra a mulher, a OAB/AL também demonstrou, com a iniciativa, que está atenta aos casos ocorridos no estado e pronta para prestar assistência às vítimas, por meio de suas comissões.
A diretora de Comunicação e Relações Institucionais da OAB/AL, Andreia Feitosa, destaca que a ação mostrou para toda a sociedade que as mulheres podem estar onde elas quiserem e que devem frequentar estádios sem que, para isso, sejam agredidas verbalmente ou assediadas.
“O objetivo foi conscientizar o público, os torcedores, os atletas e toda a sociedade em geral, já que foi uma final do Campeonato Alagoano, sobre a importância do combate à violência contra a mulher, além de demonstrar que as mulheres devem estar em todos os lugares. Não é porque o futebol é um esporte predominantemente masculino que as mulheres não poderão jogar, não poderão estar nos estádios, torcer e participar sem que sejam agredidas verbalmente, sem que sejam assediadas”, afirma.
Para a membro da Comissão Especial da Mulher, Sandriana Bezerra, a ação cumpriu o seu papel, não só de levar a mensagem aos homens, mas também de dizer às mulheres que elas podem se sentir acolhidas, inclusive em estádio de futebol.
“Eu achei a campanha maravilhosa, pelo fato de o estádio ser um ambiente um pouco hostil para a mulher, por ter uma maior presença masculina. A mensagem teve um alcance grande e os alvos, que são os homens, estavam lá para se tornarem multiplicadores. Tenho certeza de que as mulheres que estavam lá, mesmo sendo minoria, se sentiram acolhidas e representadas. Me senti bastante satisfeita, pois fomos aplaudidas e eu acredito que a mensagem foi levada, pelos torcedores e torcedoras, para fora do estádio. Que campanhas dessa amplitude, em locais onde a presença da mulher é minoria, sejam mais realizadas”, concluiu Sadriana Bezerra.
