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Conseg decide assumir investigação em caso de agressão de policiais contra advogado

A Ordem dos Advogados do Brasil Seccional Alagoas conseguiu uma vitória junto ao Conselho Estadual de Segurança (Conseg). Na reunião realizada no final da tarde desta segunda-feira (07), os conselheiros votaram por avocar o processo da Corregedoria da Polícia Militar para o Conseg, referente às investigações de uma agressão sofrida por um advogado na cidade de Coqueiro Seco, em novembro de 2015, durante uma abordagem policial.A decisão do Conseg foi baseada no critério extraordinário, pelo fato do caso ter sido anulado pela Corregedoria sob alegação de vícios de procedimentos. O relator do caso foi o advogado Diógenes Tenório Junior, que apontou uma série de falhas cometidas durante o procedimento aberto pela polícia militar. A partir de agora, será o Conseg o responsável pelo andamento das investigações.”Tivemos uma vitória importante, já que junto a Corregedoria da PM o caso não estava avançando. Devido o pedido da OAB trouxemos a pauta para o Conseg, que levou o caso para votação. Não podemos permitir que situações como esta que aconteceu com um advogado em Coqueiro Seco continuem a se repetir. Acredito que a decisão do Conseg irar dar mais celeridade ao caso, para que os culpados sejam punidos”, afirmou o vice-presidente Ednaldo Maiorano, que participou da sessão.Para o advogado vítima da agressão, que preferiu não se identificar, a decisão é de alívio. “Passo a acreditar que este caso será apurado da maneira que deve. Houve vários problemas durante a primeira apuração, inclusive na forma de convocar o depoimento de uma testemunha, que para ser intimada enviaram cinco viaturas”, contou.A sessão do Conseg teve a participação do presidente da Comissão de Direitos Humanos, Daniel Nunes, o presidente da Comissão de Prerrogativas, Silvio Arruda, os membros das prerrogativas Peu Accioly, Paulo Farias e Manoel Passos. Além do Conselheiro Seccional e membro do Conseg Marcus Lacet.CASOEm novembro de 2015, o advogado foi abordado por policiais durante uma operação em um bar na cidade Coqueiro Seco. Na ocasião, policiais militares usaram de excesso durante uma revista. “Fui abordado de forma truculenta, com palavras de baixo calão e quando fui me manifestar sobre o excesso fui agredido fisicamente. As agressões pioraram quando depois de ser agredido me identifiquei como advogado. Fui algemado, jogaram minha carteira da Ordem no chão e me levaram para a viatura. Levei vários tapas na face. Uma verdadeira humilhação para um cidadão”, contou.