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OAB Alagoas e Caixa de Assistência irão seguir com negociação para reduzir reajustes de planos de saúde

A Caixa de Assistência dos Advogados (CAA/AL) continua envidando esforços junto aos Planos de Saúde para reduzir ainda mais o valor de reajuste em 2016. Diante dos altos índices aplicados, a presidência da OAB Alagoas também estuda, através da Comissão de Direito do Consumidor, adotar as medidas judiciais cabíveis caso não haja avanços junto às empresas.Segundo o presidente da CAA/AL, Nivaldo Barbosa Junior, as Caixas de Assistência de todo o Brasil estão empenhadas para conseguir reduzir ainda mais o valor do reajuste que está previsto para ser adotado pelos Planos de Saúde.A Central Nacional UNIMED (CNU) pretendia reajustar o plano em 32,26%, já o Bradesco (Qualicorp), as mensalidades teriam um aumento de 38,83%. Após a negociação chegou-se ao reajuste de 21% com a Unimed, uma redução de mais de 11% no aumento que pretendia ser cobrado. Com o Plano Bradesco, chegou-se ao reajuste de 24,5%, uma redução de 14,33%”, explicou o presidente da CAA/AL.A presidente da Ordem, Fernanda Marinela, espera que, com a nova negociação, a instituição consiga uma redução maior no percentual que será aplicado. ?Apesar dos reajustes dos planos coletivos não serem definidos pela Agência Nacional de Saúde Suplementar, ainda consideramos abusivo esse valor acordado. Todas as Seccionais estão mobilizadas para reverter essa situação, que está sendo analisada pelas comissões de Direito do Consumidor. Caso não haja avanços, devemos adotar novas medidas?, colocou.A presidente da Comissão Especial de Defesa do Consumidor e Conselheira Federal por Alagoas, Marié Miranda, informou que já conversou com os presidentes das comissões em todo o Brasil e deverá se manifestar de forma mais enérgica para combater quaisquer irregularidades sobre o assunto, juntamente com o presidente do Conselho Federal, Cláudio Lamachia.No início do mês, a ANS autorizou o reajuste de até 13,57% nos planos de saúde individuais e familiares. Já nos planos coletivos, a ANS não define percentual máximo de reajuste.Segundo o presidente da Comissão de Direito do Consumidor, Thiago Wanderley, os abusos nas cobranças de planos de saúde são constantes e a comissão já vem acompanhando esse caso, principalmente no momento atual do país. ?É no mínimo questionável o reajuste proposto pelos planos de saúde justamente pela situação econômica que o Brasil vem enfrentando. Esse percentual adotado ultrapassa os limites razoáveis que deveriam vigorar. A Comissão fará um parecer sobre o caso?, concluiu.Já a responsável pelo núcleo de assuntos sobre saúde da Comissão de Direito do Consumidor, Teresa Cristina Cordeiro, destacou que esse reajuste representa uma verdadeira afronta. ?É uma falta de sensibilidade ao povo brasileiro que já sofre por não ter seu direito à saúde garantido pelo Governo, tendo que recorrer aos planos de saúde privados. É certo que muitas vezes boa parte da remuneração do trabalhador fica comprometida apenas para pagamento desse plano. E na atual crise pela qual passa o País, torna-se inviável aos usuários suportar mais este encargo”, disse.