O presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB-AL, Ricardo Moraes, ministrou uma palestra na Academia de Polícia Militar, na manhã desta terça-feira (30), após convite realizado pelo Comandante da entidade, coronel Sarmento. A ideia é informar e sanar os questionamentos da categoria em relação ao que defende a Declaração de Direitos Humanos e a atuação da Comissão.A palestra teve início com o presidente da Comissão convocando os militares a apresentarem suas avaliações e questionamentos sobre Direitos Humanos e a atuação da OAB – AL. Durante o encontro foram repassados exemplos de casos recentes envolvendo Polícia Militar e Direitos Humanos, com uso de fotos e vídeos.”Recebemos esse convite com bons olhos e parabenizamos o Comando por essa iniciativa de trabalhar o militar desde a sua formação, instruídos com uma mentalidade diferente do passado. Mostramos na palestra como se dá o trabalho da nossa Comissão e que agimos através de denúncias, acompanhando o andamento das investigações, sem tomar partido de lados, apenas priorizando a legalidade como define a Declaração de Direitos Humanos e a nossa própria Constituição”, afirmou o presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB-AL.O Comandante da Academia comemorou o resultado da palestra e traçou a continuidade da parceria, já antecipando que sua gestão pretende convocar novos encontros para tratar sobre o tema, promovendo, assim, uma mudança em como a categoria visualiza a atuação dos Direitos Humanos.”A ideia surgiu quando assumi a Academia querendo quebrar alguns tabus. Às vezes o policial militar enxerga os Direitos Humanos como adversário, mas precisamos aproximar as entidades, tanto para a categoria enxergar o lado da Comissão, quanto para que a nossa a atividade seja compreendida. Eu queria junto com a Comissão acabar com a ideia de que Direito Humanos protegem bandidos”, ressaltou o Comandante, coronel Sarmento.O presidente da Comissão respondeu a questionamentos levantados pelos militares referentes à atuação da OAB-AL em casos recentes de violência vitimando policiais. “Mostramos a nossa linha de atuação. Acompanhamos todos os casos e o andamento das investigações, emitimos notas de solidariedade, entramos em contato com as assessorias das Associações, isso tudo agindo dentro da legalidade e de forma coerente. Precisamos também receber as denúncias por parte da categoria e de familiares das vítimas para que possamos avaliar como podemos prestar esse apoio diante das necessidades distintas”, explicou Ricardo Moraes.