A Caravana Nacional de Prerrogativas esteve reunida com o presidente do Tribunal Regional do Trabalho da 19ª Região, desembargador Pedro Inácio, relatando os problemas encontrados na Justiça do Trabalho, durante a visita em Alagoas. A reunião foi acompanhada pela presidente da OAB Alagoas, Fernanda Marinela, além dos membros da OAB Nacional, da Diretoria de Prerrogativas e da advocacia alagoana. O encontro aconteceu durante a passagem da Caravana no estado. A OAB irá realizar um diagnóstico da situação de Alagoas. A Caravana percorreu o interior, cidades do Sertão, e a situação foi considerada preocupante, tanto na parte estrutural, quanto no quadro de servidores e magistrados para atender todas as demandas. Na esfera trabalhista, principalmente na capital, a maior reclamação da advocacia é referente aos atrasos nas audiências, o que vem comprometendo o andamento dos processos. “Percebemos um cenário menos complicado do que no interior, mas com problemas que precisam ser solucionados. Sempre mantemos um diálogo com o Tribunal e acreditamos que a chegada da caravana, esse diagnóstico, poderemos buscar novos caminhos para resolver as questões já colocadas pela advocacia alagoana”, disse a presidente da Ordem, Fernanda Marinela. Durante o encontro, o problema referente às revistas no Tribunal também foram discutidas pelo Procurador Nacional de Prerrogativas, Charles de Menezes. “A OAB não vê a revista com bons olhos, já que é um tratamento discriminatório em relação aos advogados, uma vez que precisam ser submetidos diariamente às revistas, quando magistrados e funcionários não precisam. Vemos a necessidade do respeito e isonomia do tratamento”, disse, pedindo que o procedimento fosse revisto no âmbito do TRT. Ele ainda ressaltou a importância do diálogo com o presidente da TRT de Alagoas, acreditando no compromisso de que os problemas poderão ser resolvidos. “Na capital a situação é um pouco melhor, mas há a necessidade de muita atuação para trazer mudanças no respeito aos advogado e, assim, a sociedade. É preciso se ter a dimensão disso, quando falamos na defesa das prerrogativas do advogado, estamos falando da defesa da sociedade. Hoje, claro, encontramos um cenário melhor do que na nossa visita ao sertão e agreste ontem, mas os pontos colhidos aqui na Justiça do Trabalho, como nos demais órgãos, devem ser colocados nesse grande relatório para fortalecermos essa busca pela não violação das prerrogativas”, finalizou.