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Comissão da Mulher Advogada se reúne com promotora de Justiça para tratar sobre violência contra a mulher

A violência contra a mulher esteve em pauta mais uma vez na Ordem dos Advogados do Brasil Seccional Alagoas (OAB/AL). O assunto foi tema de uma reunião idealizada pela Comissão da Mulher Advogada que contou com a presença da promotora Maria José Alves, titular da 38ª Promotoria de Justiça da Capital, assim como membros das comissões de Direitos Humanos, de Prerrogativas e do Advogado Criminalista e Relações Penitenciárias. A presidente da Comissão da Mulher Advogada, Eloína Braz, explicou que a iniciativa do encontro foi para promover maior discussão sobre o tema, além de integrar a instituição com o Ministério Público Estadual. “Nossa ideia foi promover uma troca de experiências entre a OAB e a Promotoria, mostrando o trabalho que estamos realizando e assim firmamos mais uma parceria para atuarmos em conjunto na luta pelo fim da violência contra a mulher em nosso país. Sabemos que, infelizmente, Alagoas é um dos estados que lidera esse triste ranking e precisamos continuar trabalhando para modificar essa realidade. É preciso que os órgãos se unam para que essa cultura da violência seja extinta”, colocou a presidente, que também aproveitou a oportunidade para entregar à promotora o relatório trimestral de atividades da comissão, pontuando as ações que já foram realizadas no estado. Vários pontos foram discutidos entre eles a questão da prevenção e políticas públicas implantadas. A promotora Maria José Alves afirmou que esses pontos são primordiais para entender como deve ser a atuação para que se possa acabar com a violência em Alagoas. “Precisamos falar em prevenção. Quando se trata de violência, pensamos apenas na sanção, na punição ao agressor, quando a violência já aconteceu. É preciso debater o tema nas comunidades, nas famílias, nas escolas. Nas unidades de ensino, é preciso de um trabalho a longo prazo para modificarmos o que é cultural; nas famílias, há um ciclo vicioso que passa de geração a geração. Muitas vezes o agressor é incapaz de se reconhecer como agressor. Vejo esses pontos com muita preocupação”, acrescentou a promotora, ressaltando a necessidade de que políticas públicas eficazes sejam implantadas.