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Racismo em escola de Maceió e fortalecimento da capoeira são pautas de reunião da Comissão de Promoção e Igualdade Social

A Comissão de Promoção e Igualdade Social da Ordem dos Advogados do Brasil Seccional Alagoas (OAB/AL) realizou uma reunião onde várias pautas importantes foram deliberadas, entre elas a inserção da capoeira nos espaços de educação formal e o recente caso de racismo dentro de uma unidade de ensino em Maceió. O presidente Alberto Jorge recebeu representantes do Coletivo de Mestres de Capoeira do Estado de Alagoas para discutir a inserção e o fortalecimento da arte. Algumas propostas foram debatidas. “O Coletivo nos trouxe uma preocupação constante, que é a luta para dar maior visibilidade para a capoeira, fortalecendo todo o movimento. A gente acompanha os desafios para ocupar os espaços da cultura na educação e a defesa do movimento que o ensino da arte acaba fortalecendo também os outros conteúdos. Hoje recebemos os representantes que nos passaram todo o conteúdo das contribuições, de como podemos garantir o ensino da capoeira através de proposições. Estamos estudando em conjunto todo o apoio que podemos ofertar”. A Comissão de Promoção da Igualdade Social também discutiu o caso que ganhou repercussão, na última quinta-feira (1º). Uma aluna negra foi xingada por companheiros do colégio em que estuda. A imagem foi compartilhada várias vezes nas redes sociais. Nos comentários racistas, os estudantes chegam a comparar a adolescente a um macaco: “Sem comentários para a macaca azeda que eu vou meter meu gesso na cara”, “merma arruma esse cabelo de tuim pra poder falar dos outros!!” (Sic).Os comentários seguem com a hashtag #aiquesusto. Um aluno comenta: “Vaiii comer banana oush”. O outro afirma: “Aquela macaca merece todo racismo do mundo”. Alberto Jorge antecipou que vai tentar agendar uma reunião com a direção da escola e solicitar a realização de uma palestra. “Vamos protocolar uma solicitação para que seja marcada uma reunião com os diretores e professores. O assunto é grave e precisa ser discutido. Também vamos pleitear a realização de uma palestra para debater a discriminação e o racismo. Situações como essa precisam ser combatidas. É entristecedor saber que isso ainda acontece em nossa sociedade, mas principalmente no âmbito educacional onde deveríamos estar formando um outro direcionamento, nos pautando pela igualdade”.