Há cinco meses os estudantes alagoanos, da rede pública e privada, estão estudando em casa, de forma virtual, após a suspensão das aulas presenciais devido a pandemia da Covid-19. Com a flexibilização do isolamento social, a projeção de retorno das atividades presenciais em estabelecimentos de ensino já é estudada por alguns estados brasileiros. Para entender a opinião da população no estado, a Ordem dos Advogados do Brasil Seccional Alagoas (OAB-AL), por meio da Comissão de Defesa da Criança e do Adolescente, realizou uma enquete online para saber a opinião sobre o retorno das aulas. Com duração de uma semana – entre os dias 24 e 31 de agosto – foram coletadas 18.595 respostas de pais, estudantes e profissionais da educação. A enquete foi elaborada com cinco perguntas, questionando se o participante concorda com a retomada presencial; se sente seguro em voltar à escola/levar o(a) filho(a); se acredita que as crianças e adolescentes estão preparadas para manter o distanciamento social?; se concorda com o formato de ensino híbrido (metodologia que mescla aulas de forma virtual e presencial); e se concorda com as atividades nas creches. Além disso, também foi destinado um espaço à sugestões e observações. O presidente da Comissão de Defesa da Criança e do Adolescente, Paulo Paraizo, salientou a importância da realização da enquete, buscando entender o cenário em Alagoas para realizar as medidas com base na opinião da população. “A enquete visou entender o desejo da sociedade. Com o resultado, percebemos que alcançamos todo o estado, foi muito positivo. Esses dados irão surtir efeito no âmbito do Conselho Estadual da Criança e do Adolescente, que vem travando diálogos e questionamentos com os gestores estaduais e municipais sobre o assunto”, explica Paraizo. Segundo ele, com base nas respostas coletadas, será montada uma força-tarefa para entrar em contato com os municípios e ter informações acerca das condições das escolas e da infraestrutura do local. Por fim, segundo o presidente da Comissão, será realizada uma audiência pública para ouvir especialistas e, ao final, a Comissão terá um posicionamento sobre o assunto. “Além disso, também vamos encaminhar esses dados para as Promotorias da Infância de todo o estado, apresentando o índice da pesquisa e as sugestões válidas inseridas pelos participantes”, disse. O resultado da pesquisa será divulgado pela OAB-AL após a coleta e produção do material que será apresentado para as autoridades responsáveis. “Neste momento de retomadas de alguns setores, nossa Comissão de Defesa da Criança e do Adolescente buscou entender o cenário ouvindo as pessoas diretamente ligadas à situação: pais, alunos e os profissionais dos setores da educação. É muito importante que a Ordem entenda as principais necessidades neste momento, possibilitando avanços no assunto”, destacou o presidente da OAB-AL, Nivaldo Barbosa Jr.
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Retorno das aulas presenciais: Enquete realizada por Comissão de Defesa da Criança e do Adolescente coleta quase 19 mil respostas
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