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OAB Alagoas apresenta dados sobre mortes violentas de pessoas idosas em 2022

Houve um aumento de quase 10% em relação aos números de 2021; maioria das vítimas foi alvo de disparos de arma de fogo

A Ordem dos Advogados do Brasil em Alagoas (OAB/AL), por meio da Comissão Especial do Idoso, apresentou, nesta quinta-feira (20), durante coletiva de imprensa realizada na sede de Jacarecica, os dados referentes às mortes violentas registradas em Alagoas contra pessoas com mais de 60 anos ao longo de 2022. No total, foram contabilizados 34 homicídios, sendo 32 vítimas do sexo masculino e duas do feminino.

O relatório apresentado foi confeccionado a partir de dados da Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP) e também de notícias veiculadas pela imprensa alagoana durante todo o ano. Em comparação com 2021, quando foram registradas 31 mortes, houve um crescimento de 10% em relação ao número de vítimas.

De acordo com a comissão da OAB/AL, entre as vítimas do último ano, quinze delas foram alvos de disparos de arma de fogo; nove foram atingidas por arma branca ou instrumentos contundentes; cinco foram alvos de espancamento, socos e pontapés; uma foi vítima de pauladas e quatro não tiveram a causa divulgada. 

O município com o maior número de idosos vítimas de morte violenta foi Maceió, com seis ocorrências. Entre as cidades do interior, as que mais apresentaram casos de homicídios contra pessoas idosas foram Arapiraca, Rio Largo, Penedo, Coruripe e União dos Palmares, com dois casos cada um.

Conforme o presidente da Comissão Especial do Idoso, Gilberto Irineu, os dados serão encaminhados pelo presidente da OAB/Alagoas, Vagner Paes, para o procurador-geral de Justiça, Márcio Roberto Tenório de Albuquerque, para que as promotorias do estado sejam acionadas e apurem o andamento das investigações.

“O que observamos é que, em 2022, parte significativa dos crimes aconteceu no convívio social. Mas é importante destacar que há casos de violência praticados dentro do ambiente familiar. Nós pedimos que as pessoas denunciem casos suspeitos, para que esses casos possam ser investigados. Também esperamos que o poder público adote medidas que assegurem a proteção à pessoa idosa”, frisou Gilberto Irineu.