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OAB/AL vai acompanhar caso de intolerância religiosa e racismo ocorrido em terreiro de Maceió

Vítima foi acolhida por duas comissões da Ordem, que oficiaram a delegacia responsável pelas investigações

A Ordem dos Advogados do Brasil em Alagoas (OAB/AL), por meio da Comissão de Promoção da Igualdade Racial e da Comissão Especial de Direito e Liberdade Religiosa, vai acompanhar o caso de racismo religioso registrado em um terreiro de candomblé situado no bairro do Barro Duro, em Maceió. A vítima já esteve com os membros das comissões e relatou o que aconteceu. 

O ato de intolerância religiosa foi registrado na última segunda-feira (8), no Templo de Umbanda Cabocla Jurema e Cabocla Ubirajara, onde cascas de banana foram jogadas dentro do local, caracterizando o racismo religioso. 

Essa não foi a primeira vez que o templo foi alvo desse tipo de ação, mas nas outras situações, as pessoas jogaram lixo, eletrônicos e até fezes de animais. Até então, nenhum registro na polícia havia sido feito. Com essa nova investida, foi feito um boletim de ocorrência e o caso passará a ser investigado. 

De acordo com a presidente da Comissão de Promoção da Igualdade Racial, Ana Clara Alves, a Delegacia de Vulneráveis Tia Marcelina, que vai investigar o caso, foi oficiada pela Ordem. “Fizemos o acolhimento da vítima, que já tinha feito o boletim de ocorrência, e solicitamos providências no andamento da investigação, principalmente no que diz respeito às câmeras de segurança no entorno do terreiro, com o intuito de identificar os autores”, destacou. 

O presidente da Comissão Especial de Direito e Liberdade Religiosa, Isaque Lins, informou que, após o acolhimento, a vítima foi orientada sobre os próximos passos. “Agora estaremos acompanhando o desenrolar dos fatos e a investigação para que os responsáveis possam ser localizados e punidos”, afirmou.